Nós que aqui estamos por vós
esperamos é um documentário brasileiro de 1998,
dirigido por Marcelo Masagão. O filme
exibido mostra a trajetória do homem em meio a conflitos e ao desenvolvimento
da tecnologia.
Permeia ideias na vivência de líderes que detonaram o mundo em busca de poder, com violência e descaso para as necessidades humanas. O título do filme vem do letreiro disposto em um velho cemitério localizado na cidade de Paraibuna, no interior do Estado de São Paulo, onde se lê a mesma frase. Nós que aqui estamos por vós aguardamos sugere que a morte iguala a todos, que o homem veio do pó e do pó retornará, independente de seus feitos no decorrer da vida.
Permeia ideias na vivência de líderes que detonaram o mundo em busca de poder, com violência e descaso para as necessidades humanas. O título do filme vem do letreiro disposto em um velho cemitério localizado na cidade de Paraibuna, no interior do Estado de São Paulo, onde se lê a mesma frase. Nós que aqui estamos por vós aguardamos sugere que a morte iguala a todos, que o homem veio do pó e do pó retornará, independente de seus feitos no decorrer da vida.
O filme retrata a morte no século XIX, construído
todo com imagens de arquivo e sem nenhuma fala ou narração, apenas música,
imagem e frases, ele faz uma retrospectiva das principais mudanças que marcaram
o século passado, morte, cultura, diferenças sócias, miséria e crueldades da
vida real retratando as pessoas que entraram para história.
Não há nenhum tipo de narrador, apenas a reunião de
figuras e palavras que se encaixam nos fatos históricos reais e ficcionais. As
imagens são documentos históricos que relatam a vida de pessoas anônimas em seu
cotidiano e a partir dessas, o diretor dá nova existência, profissões,
nomes e atividades aos seres retratados. Filmagens amadoras, reportagens,
fotos antigas, são usados como fundo de pano para esta nova etapa que leva o
espectador para o mais sangrento e conturbado século da humanidade. Uma profusão
de imagens que se sucedem, envolvem-nos em uma trama fortuitamente tecida e que
desafiam àqueles que creem no plano da vida, na linearidade dos acontecimentos.
Imagens que nos transportam da dor, do sentimento de vergonha em relação ao ser
humano, ao encantamento, ao deslumbramento, pois é humano, e sempre
"demasiadamente humano", o ódio e o amor.
O documentário aborda as mudanças nas formas de
comunicação, os avanços tecnológicos e científicos após a invenção do telefone,
do rádio, da eletricidade e da psicanálise. As mulheres conseguindo sua
independência, sua inserção no mercado de trabalho, a mudança na forma de se
vestir, passando a usar minissaias, os maiôs cada vez mais curtos, o consumo de
álcool, de cigarro, sua conquista na vida política e na guerra, e após toda
essa conquista, a depressão causada por pressão da sociedade. Os
túmulos retratados no filme denotam que a história está em constante mutação,
se constrói com ações diariamente, é inesperada. O tempo retratado com o
pêndulo do relógio permite remeter à ideia de que a história é contínua e tem
seu significado relativo aos ideais de cada povo. A música é melancólica,
fazendo pensar na finitude da existência humana.
Pode-se concluir que existem muitos aspectos positivos
advindos do século XX derivados entre outras coisas pelo avanço da ciência e da
tecnologia. O filme é muito significativo, praticamente perfeito em seus recortes.
Interessante também é que a destruição se dá de humanos para humanos não
envolvendo catástrofes da natureza.
Esse documentário é muito interessante, assisti uma vez e gostei muito !
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